
Mapa da E.F. Carajás
A EFC- Estrada de Ferro Carajás é uma ferrovia brasileira construída pela CVRD- Companhia Vale do Rio Doce como parte do projeto Grande Carajás, com a finalidade de transportar a hematita(minério de ferro) extraída das minas da Serra Carajás para o porto de Itaqui, em São Luís-MA. A linha férrea, construída em bitola larga(1,60m) tem 892Km de extensão e seu traçado é conhecido por ser predominantemente reto e curvas abertas, o que permite o tráfego a velocidades mais elevadas(em geral) que no restante da malha ferroviária brasileira. O relevo plano da região facilitou muito a construção de uma linha com essas características.
A ferrovia foi inaugurada pelo então presidente João Figueiredo, em 1986, e sendo de propriedade da CVRD, não entrou nas padronizações da RFFSA nem no projeto de concessões de FHC.
Inicialmente voltada para o transporte de minério de ferro, a E.F. Carajás diversificou suas atividades com o passar do tempo, possuindo também o maior percurso de transporte de passageiros do Brasil e outras mercadorias como grãos, derivados de petróleo e recentemente contêineres, devido às demais indústrias que posteriormente instalaram-se na região.

Trem de passageiros da EFC
Seu serviço de passageiros possui 5 estações e 10 paradas, e percorre a todos os 892Km da linha, ligando os municípios de São Luís, Santa Inês, Açailãndia, Marabá e Parauapebas. O serviço de passageiros da EFC, ao contrário da EFVM, não é regular. As partidas ocorrem de São Luís às segundas, quintas e sábados as 8h, e de Paruapebas às terças, sextas e domingos as 6h. O tempo de viagem estimado é de 10 horas embora ocorram frequentes atrasos devido ao tráfego lotado da linha, que ainda não foi completamente duplicada. Apesar dos problemas enfrentados pelo transporte de passageiros de longa distância no Brasil, a E.F. Carajás transporta cerca de 1.500 passageiros por dia.
A E.F. Carajás possui integração com a Ferrovia Norte Sul em Açailândia-MA e com a CFN- Companhia Ferroviária do Nordeste em São Luís. Contudo, como a EFC e CFN utilizam bitolas diferentes e operações distintas, praticamente não há conexão entre as duas.
A EFC está passando por um processo de duplicação da via e ampliação dos pátios desde 2010, e sua conclusão é estimada para 2017. A ampliação permitirá o aumento do tráfego e a redução dos atrasos, essenciais para uma ferrovia em expansão e que dinamizou consideravelmente a economia local.

Os trens de minério da E.F. Carajás são dos maiores do mundo, com mais de 3Km de comprimento.
Apesar de ser uma empresa notória para todo o País, a EFC é pouco popular no Ferreomodelismo, principalmente pela restrição de material HO disponibilizado em suas pinturas. Trens HO e N da Carajás são difíceis de obter, visto que a Frateschi apenas fabrica algumas locomotivas e vagões plataforma e gôndolas. Os demais modelos são todos personalizados.

Locomotiva SD40-2 em escala HO da EFC(pintura antiga).
Fontes: Ferreoclube(Http://www.ferreoclube.com.br); Vale S.A.(Http://www.vale.com.br); RDF Ferromodelista(Http://ricardfferromodelista.blogspot.com.br), Rail Pictures(Http://www.railpictures.net).